Patricia Gil

Archive for junho 2015

proxximaAntes tarde do que nunca, vamos ao post do evento ProXXima 2015.

Felizmente pude ir na edição deste ano 🙂 Cortesia que ganhei do Meio e Mensagem e que chegou na hora certa, pois queria muito ir no evento pela ótima curadoria, mas desempregada há tanto tempo não tinha como custear.

Não foi possível acompanhar todas as palestras, pois surgiram compromissos inadiáveis de última hora, mas comentarei sobre as que eu vi do 1º dia. Do segundo eu não levei caderno 😦 e só vi o primeiro horário.

Adorei a curadoria, pois foge da mesmice que vemos em muitos eventos de marketing digital por São Paulo. Adorei cada escolha dos convidados nacionais e internacionais em palestrar, foi muito enriquecedor.

Mas infelizmente cada vez que um convidado internacional iniciava a sua palestra, só tínhamos mais e mais comprovações de que o nosso mercado  brasileiro de Internet está muuuuuito atrasado, tiveram até palestrantes do segundo dia voltado para programatic que foram bem duros em suas afirmações deste nosso atual panorama e isso precisa mudar urgente.

Ouvimos muito o que todos já estão ou pelo menos deveriam estar carecas de saber.
O consumidor é o centro de tudo! As estratégias precisam estar ligadas na experiência do usuário + propaganda + mídia. E tanto o produto quanto a experiência precisam ser positivas, um depende do outro,  e é preciso valorizar o tempo das pessoas!

A frase mais linda dita no evento foi no debate entre Guilherme Telles- UBER, Pedro Navio – Red Bull, Sara Hall – Waze
“A inovação tem que estar no DNA da marca e não ter apenas um departamento de inovação”.

Red Bull se tornou um publisher, gerando conteúdos para diversos canais. A marca tem 30 anos de mercado e há 25 anos se comunicam com atletas, participando de eventos e parcerias. Hoje possuem a marca como o 3º maior canal de views no Youtube, 30% do conteúdo é não-branded, falam de conceitos mas sem aparecer a marca e 70% é conteúdo da marca.

Na palestra de colaboração e movimento de Sara Hall do Waze, depois de tudo o que eu vi das estratégias de marketing do Waze, virei muito fã.

Ela já logo nos enfatiza.

É preciso ter um objetivo maior do que o produto. Pensar em maneiras de inovar valorizando o tempo das pessoas. 

O Waze  conta com muito apoio dos próprios usuários, aqui no Brasil por exemplo, nos citou o exemplo do Rio, constantemente os usuários enviam informações, por exemplo: citam onde tem estacionamentos, em que regiões possuem wi-fi, se está acontecendo alguma manifestação ou um grande acidente,  ou enviam fotos em tempo real, toda essa troca de experiência entre produto e usuário já está sendo pensada nas Olimpíadas, e juntamente com a prefeitura do Rio estão estudando todas as informações recebidas. Durante o período das Olimpíadas uma das maiores preocupações é que ao mesmo tempo que terão muitas pessoas interessadas em transitar pela cidade para chegar até os jogos olímpicos, também haverá aqueles que não querem ir.

Outras estratégias que nos foram apresentadas e que pirei, foi quando Sara nos apresentou uma série de ações feitas em diversos países com parcerias de marcas com geolocation. Até me recordei quando trabalhei no Apontador e também já havia estratégias destas feitas aqui em 2010, no caso do Waze, se você passar por um determinado local, e se neste raio existe alguma loja em parceria com o Waze você pode ser impactado na hora de participar de alguma promoção, desconto, etc.

Na palestra do Samuel Russell – GMA GM e os desafios digitais: acelerando depois do choque, já nos joga a seguinte frase: Crise é oportunidade!
Com a crise de 2009 foi necessário reestruturar a área digital.
E com essa reestruturação e estudos, eis dados importantes:

60% da decisão de compra é feita pela net, tudo é pesquisado antes, carro, cor, modelo, acessórios, pouca coisa é decidida na concessionária, o cliente já vai certo exatamente do que quer.

Em 2017 98% da navegação será via Mobile  no Brasil, portanto a experiência na navegação deve ser feita se stress (novamente vemos a palavra experiência de usuário). A experiência de compra de qualquer automóvel não anda mais sem o digital, e com isso é preciso usar das melhores tecnologias, inteligência de informação em suas estratégias.

Foi nos dito também que, com essa nova geração millennials, daqui há 10 anos, não haverá mais compra de carros, mas sim o aluguel deles, os chamados “carros anônimos”. Foi observado que essa geração até poderá ter o interesse de possuir a casa própria, ou talvez tenham como o único bem o melhor celular do mercado, mas possuir um automóvel não faz mais parte, pois os hábitos e expectativas mudaram.

Na apresentação  a tecnologia criando experiências incríveis para o consumidor: A Fernanda Hartmann nos apresentou o case da coleção de outono-inverno da Renner com o Google Cardboard!
E melhor do que explicar ou deixar esse post maior do que já está, segue o vídeo abaixo que falar por si só.

A Fernanda disse que a ideia é levar esta tecnologia para algumas lojas. Aguardando ^^

Depois tivemos o show de apresentação com o Kodi Foster – Outbrain, que deu um belo tapa na cara, fugindo das mesmices que escutamos muito em reuniões, palestras ou cursos.
Conteúdo é Rei! Jura?? É preciso mensurar! Não me diga! Essa campanha precisa ser viral! Sério?! (Não foram exatamente essas palavras, mas foi basicamente isso que ele quis dizer quando escutamos recomendações como estas em ações de marketing).

A busca em mídia é sempre em conteúdo, a ciência do comportamento!

Essa frase é pra fazer pensar e muito!
“As pessoas vão buscar conteúdo com ou sem a sua marca. Por isso, você precisa criar hábitos para aparecer!”

“Mais de 200 milhões de posts são feitos todos os dias. O desafio da marca é se destacar nesse mundo.”

Outra que é bem óbvia, mas ainda tem gente e até profissionais que parecem se esquecer em suas estratégias.

“Instagram, é uma escolha! Segue quem quer!” E quais são os principais motivos e temas que fazem alguém seguir outro perfil no Instagram, uma rede 100% com foco em fotografias?
1 -Seguem celebridades, sim, as pessoas querem acompanhar seus ídolos, saber de suas rotinas, ensaios, vida, conquistas, etc..
2 – Hobbies
3 – Pornfood
4 – Saúde/Fitness – Exibir atividades físicas, corpos saudáveis, esportes, estilo de vida
5 – Família
6 – Lugares bonitos, incríveis.

74% do tempo o ser humano está na internet. Se você não está online está perdendo tempo!

Amei essa palestra! Sem clichês!

Como eu sai do evento Proxxima? Feliz por ter visto muitos cases, estratégias bacanas! Triste em ver que engatinhamos e muito por aqui, mais triste ainda é receber estratégias e metas onde não tem nenhum foco no consumidor, em melhorar a vida dele, a experiência com o produto e o pior e que muitos sofrem, a cultura de que digital não precisa de investimento ou que  é a estratégia mais ‘barata’ para se investir. Espero que o nosso mercado evolua o quanto antes! E mãos na massa pessoal!


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